Trailer levará diversos serviços à catadores de materiais recicláveis
- 27 de dez. de 2024
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Aracaju foi escolhida para receber o projeto piloto do Programa Conexão Cidadã que em 2025 estará também nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR) e Recife (PE) para levar diversos serviços aos catadores e catadores de materiais recicláveis. O lançamento do foi nesta quinta-feira (26), na sede do Sindicado dos Bancários, na capital de Sergipe, durante o café da manhã de Natal dos catadores e catadoras.
O trailer do Conexão Cidadã, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, oferecerá serviços como regularização de documentos, orientação jurídica, oficinas formativas e eventos de valorização. Durante a entrega, cerca de 200 catadores e catadoras de materiais recicláveis participaram do lançamento.
“E vamos avante. Este é o primeiro de muitos, para atender catadores e catadoras que ainda estão na invisibilidade. É importante nunca virarmos as costas para os catadores autônomos. A gente sabe o que é o sofrimento atrás de um carrinho ou num lixão. Tivemos retrocesso muito difícil. Agora, no atual governo, retomamos o trabalho, tirando trabalhadores e trabalhadoras da invisibilidade para a visibilidade. Lutamos muito para as autoridades entenderem quem nós somos, a importância do nosso trabalho para o meio ambiente e para a sociedade. É por isso que esse Conexão Cidadã está aqui”, completou o presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), Roberto Rocha.
O ministro Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que o governo já trabalha na inclusão da categoria no programa de moradia popular. “Aqui não tem coitadinho nem coitadinha, tem trabalhadores e trabalhadoras que precisam ser respeitados e valorizados”. Ele defendeu que catadores e catadoras sejam incluídos nos contratos que as prefeituras celebram para a coleta de resíduos sólidos e acrescentou que o governo federal estuda maneiras para destinar terrenos da União para cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis.
Reivindicações
Os catadores e catadoras do Estado de Sergipe entregaram uma carta de reinvindicações ao ministro Márcio Macedo, condenando a incineração de resíduos e frisando que, apesar dos avanços, ainda falta apoio para “formalizar e estruturar suas organizações com equipamentos de processamento, caminhões e galpões”.
De acordo com a categoria, há organizações em condições precárias de trabalho, em cooperativas e de forma individual. “Faltam prensas para a padronização dos materiais, faltam caminhões para realização das coletas, faltam mesas e esteiras para triagem, empilhadeiras e outros equipamentos básicos para melhorar as condições de trabalho. Temos também grandes dificuldades com espaços físicos das organizações, muitos galpões são pequenos ou improvisados e acabam limitando o crescimento das organizações, dificultando o seu licenciamento”, registra a carta. “Como solução, sugerimos que prédios, espaços ou terrenos públicos sejam doados ou cedidos para instalação de organizações de catadores”, diz o documento.
Os trabalhadores e trabalhadoras também reivindicaram, na carta entregue ao ministro, a inclusão de “organizações de catadores nos projetos de moradias popular como Minha Casa, Minha Vida”.
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