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Criança nasce em calçada de Aracaju; mãe vive em situação de rua

  • há 42 minutos
  • 2 min de leitura

Quinta-Feira Santa, 7h10. Uma mulher sentada na calçada segura um bebê que acabara de nascer na avenida Monteiro Lobato, Zona Sul de Aracaju. O parto aconteceu na calçada do cemitério do Bairro Atalaia e provocou um alvoroço entre as pessoas que passavam pelo local. Comovida com a situação, algumas mulheres protegeram a mãe e a criança, enquanto aguardavam a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).


O nascimento dessa criança é resultado de uma tragédia social, que em todo o país atinge mais de 335 mil pessoas, segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (Polos), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A mãe tem 35 anos, natural de Olinda/Pernambuco, vive há seis anos em situação de rua, já foi acolhida pelo projeto social Maanaim e durante a gestação realizou apenas uma consulta de pré-natal, quando o Ministério da Saúde recomenda pelo menos seis consultas.


Isso mostra o quanto as políticas de saúde continuam distantes dessas pessoas, causando perigo para mãe e bebê. Sem o acompanhamento, não dá para saber se está tudo bem com a gestação e se precisam de algum suporte (Além das dificuldades comuns a quem vive em situação de rua).


Após ser resgatada pela equipe do SAMU, às 8h36 minutos mãe e filha recebiam os cuidados da equipe multidisciplinar na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, no Bairro Santa Maria.


“O recém-nascido trata-se de uma menina, peso: 2500g e 45,5 cm de comprimento. Está em bom estado geral, em cuidados gerais de rotina, com dextro (glicemia) de horário devido ser PIG (Pequeno para a Idade Gestacional) e rotina infecciosa (pesquisa através de exames laboratoriais)”, diz a nota da maternidade.

 

E segue dizendo que a “puérpera encontra-se bem, sem queixas no momento, internada na unidade junto ao RN e em cuidados da equipe multiprofissional, incluindo o acompanhamento do serviço social para as devidas tratativas e acionamento da rede de proteção”.

 
 
 

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