Por Anderson Barbosa
No próximo dia 29 de abril, o corpo de um homem em situação de rua completará nove (9) meses que está no Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe sem ter sido preocupado pelos familiares. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), desde que o corpo chegou à unidade, os papiloscopistas inseriram as informações do cadáver no banco de dados da Polícia Federal para tenta a identificação.
No ano passado, o IML havida confirmado que as impressões digitais recolhidas não bateram com as cadastradas no banco de dados do Estado e que continuaria na busca pela da identificação.
O homem deste homem foi encontrado sem vida, no dia 29 de julho de 2023, em um ponto de ônibus no Conjunto João Alves, em Nossa Senhora do Socorro (SE), na Grande Aracaju. Ele estava abraçado pela cadela de estimação e, na época, foi constatado que morreu de causas naturais.
A imagem circulou em vários veículos de imprensa e redes sociais, mobilizando muitas pessoas comovidas pela história. Eliomar Ricardo, tomou conhecimento através de uma reportagem, e foi até o local onde estava o corpo do senhor. Identificou como sendo José Carlos Oliveira, que no dia 26 de agosto de 1957 foi batizado na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Porta da Folha (SE).
Ele sabia dessa história, porque dias antes, em 24 de julho, esteve com ele no município do Alto Sertão de Sergipe. Ele estava ao lado da cadela, com fome, quando conversou com o idoso. José foi até a cidade a pé - um percurso de mais de 300 km (ida e volta) – para tentar localizar o batistério, documento com o qual daria entrada na aposentadoria.
Eliomar disse ainda que, José voltou a pé para a capital sem o documento, apenas com os nomes dos pais, padrinhos e a data de nascimento anotados em um papel. Recusou a ajuda da passagem de ônibus ou mesmo do táxi, pelo fato da cadela não poder viajar no mesmo veículo.
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