top of page

Aracaju: Garçonete do RN vende doces em semáforos para se manter




“Recebi uma proposta de trabalho de uma pessoa que eu conheci, mas quando cheguei em Aracaju ela voltou atrás”. A história é de uma garçonete, de 43 anos, que há exatos três meses está na capital de Sergipe vinda de Natal, no Rio Grande do Norte.



A mulher - que vamos chamar de Maria - esconde da família a real situação enfrentada em solo sergipano, porque veio contra a vontade dos pais. “Me vi louca, com vergonha dos meus parentes. Minha filha, que está gravida lá em Natal, sabe que trabalho em um quiosque e, às vezes, venho ao sinal. Não tive coragem de falar a verdade. Fiquei envergonhada”, revelou, sem saber se poderá ajudar a filha durante e após o parto.


Quando nossa equipe a encontrou, Maria descansava no canteiro da avenida e usava o aparelho celular. A depender do dia, permanece por 12 horas oferecendo os doces a quem passa nos veículos, na região Central de Aracaju.



“Cada paçoca vendida ganho R$1. Às vezes, as pessoas dão o dinheiro e nem levam. Tem dias que está muito ruim, então preciso ficar mais tempo por aqui. Não dá pra voltar pra casa com apenas R$ 20. O aluguel custa R$ 200, mais R$ 40 de luz, na casa no município de Nossa Senhora do Socorro”, justificou.

A garçonete tem 15anos de experiência em buffet e 10 anos em hotelaria. Quer estabilizar-se para voltar para Natal ou ficar em Aracaju, caso consiga um emprego. Enquanto a situação não melhora, a esperança é receber o auxílio do Governo Federal.


“Pensava que era da forma que eu queria, como tinha planejado, mas a última decisão é de Deus. Acredito que seja um propósito para eu evoluir”, concluiu.  



12 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page