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624 pessoas dormem em praças e calçadas na capital de Sergipe

Atualizado: 26 de set.




O Grupo de Trabalho do Censo da População em Situação de Rua do Município de Aracaju apresentou os primeiros dados do levantamento feito entre os dias 3 e 5 de setembro nas ruas de Aracaju, entre às 22h e 4h. Os dados apontam para uma população estimada em 624 pessoas.


O número é referente as pessoas que se encontram em instituições de acolhimento, unidades hospitalares e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). “Contudo, ainda é cedo para fecharmos um resultado, visto que eles ainda precisam ser devidamente tratados, buscando fazer uma análise mais criteriosa, de modo a evitarmos quaisquer possíveis duplicidades”, diz a nota divulgada para a imprensa.


Das pessoas entrevistadas, aproximadamente 75% eram pessoas negras com histórico de situação de rua há 05 anos ou mais; maior parte é composta por homens cis com 80% e 14% de mulheres cis.


A metodologia adotada no censo considera população em situação de rua àquelas que dormem e acordam na rua. Diferentemente do que diz o  Decreto Federal nº 7053/2009, que Institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e caracterizar esta população heterogênea que de alguma forma tira o sustento das ruas.


Um diferencial no censo foi a participação direta de pessoas com trajetória ou em situação de rua elas construíram e validaram os questionários produzidos, interferindo e referendando a metodologia “e se fez presente como uma mediadora fundamental no contato e no manejo da aplicação do questionário da primeira etapa”.


O Censo da População em Situação de Rua de Aracaju foi elaborado e produzido por um Grupo de Trabalho formado por: Movimento Nacional da População em Situação de Rua – Sergipe (MNPR-SE), Pastoral do Povo da Rua, Associação Católica Bom Pastor, Professores, Pesquisadores e Estudantes dos Departamentos de Educação em Saúde, Psicologia e Geografia da Universidade Federal de Sergipe. 


O GT também conta com o apoio e parceria das seguintes entidades: Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde (ambas do município de Aracaju), Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão/Ministério Público Federal, Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia – 19ª Região, Comissão de Direitos Humanos da OAB-SE, Tribunal Regional do Trabalho.


“É com este trabalho coletivo que conseguiu agregar sinergicamente o esforço de diferentes atores, encabeçados por este grupo de trabalho que afirmamos a construção de uma tecnologia social de baixíssimo custo para a produção do “retrato” dessa população. Retrato este que desde o início foi gestado a partir da produção de um saber que se quer extremamente democrático e que realiza um esforço sistemático e rigoroso de produção de um saber com o outro e não sobre o outro”, diz a nota. 


A  deputada estadual Linda Brasil, quando era vereadora, destinou recurso para a Associação Católica Bom Pastor para desenvolver as ações.

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